quarta-feira, 5 de outubro de 2011

~ A Elegância do Comportamento ~


As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades. No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir, é uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca. É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.
É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto.
Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.
Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação. É ser amigo sem conivência negativa.
Ser sincero sem agressividade. É ser humilde sem relaxamento. Ser cordial sem fingimento.
É ser simples com sobriedade. É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.
É superar dificuldades com fé e coragem.
É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.
Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.

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