Assim como o comportamento bem-educado, os objetos luxuosos inibem a pressa. Sua textura sensual, aspecto frágil e origem única exigem calma.
Ponha uma estola forrada de cashmere sobre um vestido longo de seda e observe como caminhará com graça. Peça um prato sofisticado em um restaurante cinco estrelas e verá como vai saboreá-lo em pequenas porções. Tome café em uma xícara de porcelana, erguendo-a lentamente.
O luxo tem um efeito calmante sobre a psique. Sim, os ricos são diferentes. Eles não engolem a comida e saem correndo. Enquanto isso, se você e eu precisarmos de um motivo para eventuais extravagãncias, aqui vai um: ao contrário de tranquilizantes e cigarros, diamantes, tafetá e caviar não viciam.
Tiaras de diamantes podem estar fora do seu orçamento, mas uma deliciosa massagem no couro cabeludo pode fazer o mesmo efeito de 1 milhão de dólares. Talvez você não tenha dinheiro para comprar lençóis de seda, mas pode mergulhar em uma banheira de espuma ou tomar um delicoso banho quentinho e perfumado. E, mesmo que nunca tenha condições de fazer uma entrada triunfal usando um vestido de noite Dior, você pode se envolver e uma toalha felpuda e sair do banheiro cheia de glória.
Cultuve pequenos luxos, especialmente se você tem uma tendência a se irritar. Discipline a sua alma inquieta, não com uma coroa de espinhos, mas com robes de alpaca, echarpes de chiffon chinelos e veludo.
Ou, se preferir, desenvolva sua calma e confiança colecionando objetos de design, como tigelas japonesas feitas à mão, cadeiras ergonômicas ou óculos mordernos. Cada vez que segurar esses obejtos, observe o prazer de seu artesanato. Não se trata de uma atitude trivial. Ao contrário, apreciar a qualidade de peças de luxo pode ser o destaque para o seu dia.
Porém, o maior luxo, é claro, é o tempo livre. No passado, havia de monte. Você sempre podia reservar uma horinha para reflexão no meio do seu dia. Isso costumava ser chamado de pausa para o cafezinho, coffee break, déjeuner, siesta ou high tea, dependendo do país em que se estivesse.
Hoje em dia, cada minuto de nossa vida conta. Mas não deixe que isso o desanime. Apenas reserve 15 por cento de sua agenda para revisões e melhorias. Permita-se um tempo para desligar o telefone e fechar a porta.
Tudo o que você precisa fazer é sentar e esperar. Sim, esperar. 'Como eu realmente trabalho? Eu procuro', disse Einstein. Equilíbrio e paciência oferecem soluções criativas para aquels que não sabem como ou porquê.
(Texto extraído do livro A Arte de Viver o Momento, de Véronique Vienne e adaptado por Marcinha)
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